O sistema Torres e o sistema Hauser é central no universo da lutheria de violões clássicos. Ambos marcaram épocas e ainda hoje inspiram construtores:
🎸 Sistema Antonio de Torres (séc. XIX)
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Considerado o pai do violão moderno.
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Estrutura interna baseada em sete leques harmónicos (bracing em leque) sob o tampo.
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Sons: mais quentes, doces e cantáveis, com grande projeção natural.
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Caracteriza-se por uma sonoridade mais romântica e intimista, ideal para repertório espanhol e romântico.
🎸 Sistema Hermann Hauser I (séc. XX)
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Inspirou-se no modelo Torres, mas introduziu modificações:
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Estrutura mais reforçada e rígida.
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Uso de madeiras centro-europeias (como o abeto alemão).
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Ajustes na espessura do tampo e na barra harmónica.
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Sons: mais claros, definidos e equilibrados, com excelente separação de vozes.
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Preferido por intérpretes de repertório mais técnico, como Segovia.
⚖️ Qual é o “melhor”?
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Torres → se procura calor, riqueza de timbre e tradição espanhola.
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Hauser → se valoriza clareza, articulação e equilíbrio em polifonias.
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Muitos luthiers modernos fazem uma síntese: combinam a riqueza tonal do Torres com a precisão do Hauser.
👉 Em resumo: não há “melhor” absoluto, mas sim aquele que mais se adequa ao repertório e ao estilo do guitarrista.
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