Principais leques harmônicos

Quadro técnico com os principais leques harmônicos consagrados na construção de violões acústicos pelos luthiers mais influentes do mundo, com:
  • Nome do modelo / Luthier
  • Projeto e disposição das barras
  • Características de som
  • Vantagens
  • Desvantagens
  • Motivo do desenvolvimento

📊 Tabela dos Leques Harmônicos Mais Usados no Mundo

Modelo / Luthier Disposição Características Sonoras Vantagens Desvantagens Motivo do Desenvolvimento
Antonio de Torres (Espanha, séc. XIX) 7 barras em leque, longas e finas, partindo da barra harmônica inferior até a base Som quente, graves encorpados, médios suaves e agudos doces Excelente projeção e equilíbrio tonal; favorece repertório clássico Menor rigidez estrutural, pode deformar com tensão alta Criar violões mais leves e ressonantes, destacando graves e volume
Hauser I (Alemanha, anos 1930) 7 barras em leque mais próximas e levemente arqueadas Som equilibrado, resposta rápida, definição nos agudos Clareza nas notas, projeção uniforme Menos calor nos graves em comparação ao Torres Inspirado no Torres, mas com reforço estrutural e foco em clareza
Bouchet (França, anos 1950) 5 barras em leque + barra transversal abaixo da boca Som brilhante, agudos definidos, ataque rápido Ótima resposta para técnicas rápidas e articulação Graves menos cheios; timbre mais seco Dar mais rigidez ao tampo para controle de vibração e estabilidade
Fleta (Espanha, anos 1960) 9 barras finas em leque + barras laterais reforçadas Som muito potente, graves profundos e sustain longo Grande volume, sustain prolongado Mais peso no tampo, menor resposta imediata Atender músicos de concerto com grande projeção em salas grandes
Smallman (Austrália, anos 1990) Estrutura em grade (lattice) com fibra de carbono Som extremamente potente, alcance dinâmico enorme Volume e projeção incomparáveis Timbre menos “tradicional”, construção complexa Criar violões que competissem em volume com outros instrumentos em palco
Rodríguez (Espanha) 7 barras em leque largas e espaçadas + reforço perimetral Som caloroso e cheio, graves aveludados Timbre tradicional espanhol muito marcante Menos adequado para repertório moderno ou amplificação Manter o som tradicional flamenco e clássico espanhol

🎯 Observações sobre o “sol” do instrumento

O comportamento do som (o que você chamou de “Sol”) em cada leque está relacionado à forma como a energia das cordas é distribuída pelo tampo:

  • Leques mais abertos → espalham energia, soam mais quentes e graves.
  • Leques mais fechados ou rígidos → concentram energia, soam mais claros e brilhantes.
  • Barras mais finas → mais ressonância e vibração.
  • Barras mais grossas → mais controle e estabilidade, mas menos “vida” no som.


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Riverson Vale 

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